A produtividade é uma preocupação constante nas empresas, e uma das maiores causas de queda de desempenho está diretamente ligada à saúde dos funcionários. No caso das mulheres, há uma série de condições médicas que afetam seu bem-estar e sua performance no trabalho, mas que costumam passar despercebidas no ambiente corporativo.
Como fisioterapeuta pélvica, já ouvi relatos de pacientes que, para aliviar a dor intensa de uma cólica menstrual, precisaram se deitar no chão do banheiro do trabalho. Imagine o impacto disso na concentração, na produtividade e no engajamento dessas profissionais.
Além da endometriose, outras condições dolorosas, como a cistite intersticial (ou síndrome da bexiga dolorosa), podem levar uma mulher a ir ao banheiro a cada meia hora devido à dor e à urgência urinária. Agora pense em uma reunião importante: como se concentrar, contribuir ativamente e manter a performance esperada com sintomas tão debilitantes?
Essas condições são causas frequentes de absenteísmo e presenteísmo nas empresas, mas muitas vezes não são reconhecidas pelos setores de Recursos Humanos. Muitas mulheres, por receio de serem vistas como frágeis, evitam relatar suas dores, perpetuando um ciclo de sofrimento silencioso e baixa produtividade.
Com 12 anos de experiência na área, já vi como pequenas adaptações e orientações podem transformar a qualidade de vida dessas mulheres. Mais do que tratar sintomas, o conhecimento sobre saúde pélvica permite que elas trabalhem com mais conforto e eficiência. E empresas que investem no bem-estar de suas colaboradoras colhem os frutos de um time mais saudável, engajado e produtivo.
Estou à disposição para conversar mais sobre esse tema e como ele pode ser abordado dentro do ambiente corporativo.
Autora: Marília Frare – Fisioterapeuta Pélvica